Emissão de guia e pagamento de GNRE: veja como funciona

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Sumário

Navegar pelo sistema de tributação estadual no Brasil pode ser uma tarefa desafiadora, especialmente para empresas de transporte rodoviário e embarcadores que realizam operações interestaduais. Nesse contexto, a emissão de guia e pagamento de GNRE é uma das tarefas fundamentais para lidar com essa complexidade fiscal. 

A Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais, ou GNRE, é um documento usado no Brasil para pagamento de tributos quando há necessidade de recolhimento de um estado para outro.

É um instrumento importante para a gestão dos tributos estaduais, facilitando o controle das obrigações fiscais.

Neste guia abrangente, vamos fornecer orientação prática e insights valiosos para profissionais do setor rodoviário e gestores que querem entender as nuances fiscais relevantes do GNRE, desde sua emissão correta até o pagamento.

Vamos abordar a obrigatoriedade da GNRE, seu papel nas operações interestaduais, os tributos envolvidos e os momentos em que é necessária.

Além disso, apresentaremos as vantagens de automatizar a emissão de GNRE e como o software especializado da Emiteaí pode te ajudar na tarefa.

O que é GNRE e para que serve?

A GNRE — Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais — é um documento instituído no Brasil em 2016 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para recolher tributos estaduais em operações comerciais entre estados, garantindo a distribuição do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) entre as Unidades Federativas envolvidas. 

Sua principal finalidade é assegurar que o valor do ICMS seja direcionado ao estado de destino da carga em uma transação entre UFs.

No âmbito do transporte de carga, a emissão de guia e pagamento de GNRE pode ser imprescindível quando o transporte se inicia em um estado que difere da localização onde a transportadora está registrada sob a Inscrição Estadual.

Por que é importante fazer a emissão de guia e o pagamento de GNRE?

A emissão de guia e o pagamento de GNRE são de suma importância para empresas envolvidas em operações interestaduais, especialmente no transporte de cargas. Tal relevância ocorre devido à necessidade de assegurar que o ICMS seja corretamente destinado ao estado de destino, cumprindo as normas fiscais vigentes.

O não cumprimento dessa obrigação pode resultar em multas, autuações fiscais e complicações legais, afetando de maneira negativa a saúde financeira e a reputação da empresa no mercado.

Além disso, a GNRE garante a transparência fiscal, construindo uma base sólida para a operação de negócios no cenário interestadual.

Portanto, saber como e quando gerar a guia GNRE e realizar o pagamento é vital para a conformidade perante o Fisco. O documento auxilia empresas de transporte rodoviário, embarcadores e outros contribuintes no cumprimento de suas obrigações fiscais com clareza e precisão.

Quando gerar a guia GNRE?

É necessário gerar a guia GNRE quando uma empresa inicia uma operação a partir de um estado distinto daquele em que detém seu registro fiscal estadual — ou seja, sua Inscrição Estadual. 

A emissão de guia e pagamento de GNRE é necessária em operações interestaduais, principalmente no transporte de mercadorias. A etapa garante que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) seja recolhido no estado de destino.

A GNRE acompanha a carga durante o transporte até o destino final e é obrigatória quando os produtos em trânsito estão sujeitos à tributação.

Veja também: Entenda a importância da Inscrição Estadual e onde obtê-la

Como emitir a guia GNRE?

O passo a passo de como emitir a guia GNRE é o seguinte:

Passo 1 – Identificação do tributo

Primeiramente, identifique o tributo estadual devido na operação, que geralmente é o ICMS.

Passo 2 – Acesse o Portal da GNRE

Vá ao site da Secretaria da Fazenda do estado de destino da mercadoria e procure a seção da GNRE.

Passo 3 – Preencha os dados

Complete os campos obrigatórios, incluindo a descrição da operação, o valor do ICMS, a data da operação, entre outros.

Passo 4 – Gere a guia

Após o preenchimento, o sistema gerará a GNRE com um código de barras para pagamento.

Passo 5 – Efetue o pagamento

Realize o pagamento da GNRE em uma agência bancária autorizada ou pelo aplicativo do seu banco no celular.

Passo 6 – Guarde o comprovante

Mantenha o comprovante de pagamento armazenado para fins contábeis e fiscais.

É importante lembrar que esse passo a passo pode variar de um estado para outro. Por isso, você deve seguir as orientações do estado de destino e se manter atualizado sobre as regulamentações fiscais.

No entanto, as etapas que acabamos de descrever costumam ser aplicáveis para a maioria das operações de emissão de guia e pagamento de GNRE.

Toda venda de produtos precisa contar com a GNRE?

Não é preciso emitir a GNRE para todas as operações de venda de produtos. Quando uma transação comercial ocorre no mesmo estado, não há a exigência de recolher a GNRE, mesmo que o transporte da mercadoria seja necessário.

Contudo, a situação muda quando a nota fiscal da mercadoria inclui informações sobre a partilha do ICMS. Nesse caso, a GNRE se torna obrigatória, tanto em termos de pagamento quanto de emissão.

A obrigação surge quando uma empresa realiza uma venda direcionada a um cliente localizado em outro Estado.

Em resumo, a GNRE é crucial quando as operações atravessam fronteiras estaduais, garantindo que o ICMS seja recolhido de forma adequada e transparente, cumprindo as normas fiscais que regem as transações interestaduais.

Portanto, é fundamental para assegurar a conformidade e evitar potenciais complicações legais decorrentes de falhas na quitação do tributo.

Qual a diferença entre GNRE e ICMS?

A diferença entre GNRE e ICMS é que a Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais é o instrumento usado para recolher o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços em operações interestaduais. 

Apesar de serem conceitos interligados, eles não são a mesma coisa. Em resumo, o ICMS é o tributo, enquanto a GNRE é a guia usada para seu recolhimento em operações que cruzam as fronteiras estaduais.

Guia de Transportadoras

O que é o ICMS antecipado?

Podemos definir o que é ICMS antecipado como uma forma de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. No modelo, o pagamento do imposto é exigido antes da efetivação da operação, especialmente em transações interestaduais.

O remetente é obrigado a calcular e pagar o ICMS ao estado de destino da mercadoria antes do seu deslocamento. Posteriormente, na operação, o valor real é ajustado, podendo resultar em restituição ou complementação, dependendo das alíquotas e das diferenças entre os estados envolvidos na transação.

Como calcular o ICMS antecipado?

Para calcular o ICMS antecipado, é necessário:

  • determinar a alíquota interestadual, que varia de acordo com as UFs envolvidas na operação;
  • calcular o valor da operação;
  • aplicar a alíquota interestadual para encontrar o valor do ICMS antecipado.

É importante lembrar que, em algumas situações, calcular o valor de ICMS para GNRE pode ser mais complexo, principalmente quando há benefícios fiscais ou reduções de alíquota.

Portanto, é fundamental consultar a legislação estadual vigente e, se necessário, buscar orientação especializada para calcular o ICMS antecipado corretamente.

Leia também:

Descubra como calcular o ICMS de forma precisa e evite problemas fiscais

O que é Difal e quem paga?

Podemos definir o que é Difal e quem paga começando pelo significado da sigla: Diferencial de Alíquota do ICMS. O tributo se aplica em operações interestaduais, quando uma mercadoria é destinada a um cliente final que não é contribuinte do ICMS. 

Quem paga a Difal é o remetente da mercadoria, que deve recolher o valor referente ao estado de destino.

Nesse cenário, o estado de destino cobra a diferença entre sua alíquota interna e a interestadual, visando evitar a sonegação fiscal e garantir a distribuição justa do imposto.

Como calcular Difal?

O cálculo da Difal é feito a partir de duas etapas. Primeiro, calcula-se o valor do ICMS interestadual, que é a diferença entre a alíquota interna do estado de destino e a interestadual.

Em seguida, é preciso aplicar o valor sobre a base de cálculo da operação, que geralmente é o valor da mercadoria acrescido de outros encargos.

O resultado representa o montante do Difal que deverá ser recolhido pelo remetente da mercadoria ao estado de destino.

Qual a diferença entre Difal e GNRE?

Podemos estabelecer qual a diferença entre Difal e GNRE a partir de sua finalidade e aplicação. Enquanto o Difal é um imposto, a GNRE é um documento usado para efetuar esse pagamento.

O Diferencial de Alíquota do ICMS é uma obrigação fiscal que incide sobre operações entre estados e visa cobrar a diferença entre as alíquotas interna e interestadual do imposto, com o recolhimento feito pelo remetente ao estado de destino.

Já a Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais é um instrumento de recolhimento do ICMS em operações interestaduais, garantindo que o imposto seja direcionado ao estado de destino.

Como consultar se a GNRE Difal foi paga?

Para consultar se a GNRE Difal foi paga, basta:

  • acessar o site da Secretaria da Fazenda (ou equivalente) do estado de destino da mercadoria;
  • procurar a seção de “Consulta de Pagamento de GNRE” ou serviço similar;
  • inserir o número da GNRE e outras informações solicitadas, como a data de pagamento.

O sistema fornecerá as informações de pagamento, confirmando se a GNRE foi registrada como paga e se a obrigação fiscal foi cumprida.

É possível cancelar a GNRE?

É comum surgirem dúvidas sobre a possibilidade de cancelar a GNRE, mas, infelizmente, essa opção não está disponível.

A boa notícia é que o sistema tem um mecanismo próprio para lidar com guias não pagas: ele as cancela automaticamente.

Portanto, se você perceber que há um erro ou que é necessário efetuar uma correção na guia já emitida, a solução é gerar uma nova com as informações corrigidas.

Assim, você garante que o pagamento seja efetuado de acordo com as informações fiscais corretas e evita possíveis contratempos.

Embora o cancelamento direto não seja uma alternativa, a capacidade de gerar uma nova guia corrigida demonstra a flexibilidade do sistema, possibilitando a conformidade com as normas fiscais de forma mais precisa e eficaz.

Quais as vantagens de automatizar a emissão de GNRE?

Para evitar problemas referentes à emissão de guia e pagamento de GNRE, que tal investir na automatização do processo?

Ao automatizar a emissão de GNRE com a ajuda de um software especializado, você tem acesso às seguintes vantagens:

  • diminuição do tempo gasto em tarefas manuais ou repetitivas;
  • cálculos mais precisos;
  • monitoramento eficaz de todos os compromissos fiscais no decorrer do ano;
  • garantia de resultados mais consistentes e previsíveis;
  • incremento da produtividade em todo o setor fiscal;
  • economia de recursos no desenvolvimento dos processos internos;
  • aprimoramento da qualidade das informações obtidas;
  • minimização da probabilidade de erros e falhas.

Veja também: Software para transportadora: faça uma gestão de alto nível!

Automatize a emissão de guia e o pagamento de GNRE com a Emiteaí!

Viu como a automatização facilita a emissão de guia e o pagamento de GNRE?

Se você quer aderir a esse recurso tecnológico, saiba que pode contar com as soluções da Emiteaí!

Você já deve estar familiarizado com as dificuldades em lidar com os portais estaduais para gerar as guias, né? Os cálculos de tributos e inserção de informações nem sempre são feitos de forma correta, gerando retrabalho para sua equipe.

Com a Emiteaí, é possível descomplicar e agilizar todo o processo de emissão e pagamento de documentos fiscais, incluindo a GNRE.

Nosso software permite emitir e pagar as GNREs em grande escala, de forma simples e segura.

Ainda oferecemos soluções especializadas para aprimorar as suas operações logísticas, garantindo:

  • rapidez na liberação das entregas;
  • controle de ocorrências, como custos não planejados na operação;
  • conciliação de fretes;
  • recebimento de todos os documentos emitidos para a sua empresa;
  • emissão de documentos em uma única plataforma, independente do volume da carga;
  • segurança de todos os dados;
  • previsibilidade e organização do fluxo de caixa;
  • acompanhamento em tempo real das entregas.

Quer conhecer mais sobre essas e outras soluções da Emiteaí? Então entre em contato com a gente! 

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