5 dúvidas frequentes sobre a burocracia no transporte de cargas

mentiras sobre a burocracia

Sumário

A burocracia no transporte de cargas é um dos temas mais comentados e repletos de mal-entendidos no setor. Empresas e motoristas — e até a população em geral — enfrentam uma série de documentos e sistemas que tornam os processos mais complexos, o que alimenta mitos e desinformações. 

Além dos altos custos, o excesso de regulamentação impacta diretamente o tempo de entrega e a eficiência logística, dificulta o desenvolvimento do setor e a competitividade das empresas. 

Esses obstáculos geram incertezas e desconfiança entre os envolvidos, e muitos desconhecem quais obrigações realmente precisam cumprir e quais poderiam simplificar.

Para esclarecer o que é verdade e o que é exagero, reunimos os principais mitos sobre a burocracia e quais os grandes problemas do transporte de carga no Brasil. Confira!

1- Posso emitir um CT-e para transporte municipal?

Não. O Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) registra operações de transporte intermunicipal, sobre as quais incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ou seja, sempre que a empresa realiza o transporte de mercadorias entre diferentes municípios, a companhia emite o CT-e.

Já no caso de operações dentro do mesmo município, o tributo aplicável é o Imposto sobre Serviços (ISS), e a companhia emite a Nota Fiscal de Serviço (NFS) como documento fiscal.

2- Posso emitir o CT-e sem comunicar com a Sefaz?

A Sefaz (Secretaria da Fazenda) faz um controle rígido de seus contribuintes, o que impede ao máximo que realizem operações irregulares. No caso do transporte de cargas, a obrigatoriedade do CT-e reforça a burocracia, que oferece garantia jurídica e é exigido nas operações de transporte de cargas intermunicipais, além de proibir a circulação sem o Dacte.

Portanto, deixar de comunicar a Sefaz pode ocasionar multas e apreensões de mercadorias nas fiscalizações intra e interestaduais. Quando ocorre uma penalidade, a transportadora enfrenta um aumento nas despesas e inúmeros prejuízos.

3- Posso emitir um CT-e com uma nota fiscal cancelada?

A legislação exige que a transportadora tenha a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) vinculada ao CT-e autorizada. Caso a empresa cancele uma nota, a Sefaz não validará o CT-e.

É possível emitir o CT-e sem uma nota fiscal vinculada, mas essa emissão deve estar associada a outro documento ou declaração, conforme indicado pela tag ” <InfDoc> ” nas informações do CT-e.

Portanto, manter uma nota fiscal em situação regular e autorizada é essencial para gerar o CT-e corretamente, sem problemas de validação.

4- Posso cancelar um CT-e com MDF-e autorizado ou encerrado?

A empresa não pode cancelar o CT-e quando houver vínculo com um MDF-e autorizado ou encerrado. O cancelamento deve ocorrer dentro de 168 horas após a autorização do documento, e o serviço de transporte precisa não ter começado. Caso o prazo expire ou o transporte comece, a Sefaz não permitirá o cancelamento.

A legislação veda o cancelamento de um CT-e para as seguintes situações:

  • Quando há registro de Circulação ou Registro de Passagem;
  • Quando a empresa já emitiu uma Carta de Correção Eletrônica (CC-e);
  • Quando se trata de um CT-e de anulação (Tipo de CT-e = 2);
  • Quando se trata de um CT-e substituto (Tipo de CT-e = 3);
  • Quando há um CT-e de anulação vinculado;
  • Quando há um CT-e de substituição vinculado;
  • Quando há um CT-e complementar vinculado;
  • Quando há um Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) autorizado ou encerrado vinculado.

Essas restrições evitam inconsistências nos documentos fiscais e garantem a integridade das operações de transporte registradas.

Veja também: Burocracia na logística: como a tecnologia ajuda a agilizar

5- A legislação permite circular com a mesma nota fiscal duas vezes ou mais?

A legislação não permite a duplicidade da NF-e, e esse erro acontece devido a problemas como numeração duplicada, falhas de conexão, processamento inadequado ou erros de servidor. A duplicidade pode afetar qualquer tipo de nota, seja eletrônica, de consumidor, de serviço ou de transporte.

Quando ocorre esse tipo de erro, é fundamental corrigi-lo rapidamente, pois a duplicidade da NF-e pode causar sérios problemas fiscais e administrativos, além de gerar complicações para a empresa.

Como diminuir a burocracia no transporte de cargas?

Para diminuir a burocracia no transporte de cargas, é essencial investir em tecnologias que automatizam processos, como o uso de sistemas integrados para emissão de documentos fiscais, como o CT-e e o MDF-e, que agilizam o controle e a fiscalização.

A digitalização de procedimentos, como registros eletrônicos e gestão documental, também reduz o tempo gasto em processos manuais e minimiza erros.

Além disso, a simplificação das exigências fiscais e a padronização de normas ao nível nacional podem facilitar o cumprimento das obrigações, aumentar a eficiência e diminuir os custos operacionais das transportadoras.

Esse controle centralizado proporciona uma visão completa da operação, para otimizar desde o planejamento de rotas até a conferência de documentos, o que reflete diretamente na competitividade e no crescimento sustentável do negócio.

Quais os principais problemas do transporte de carga no Brasil?

Os principais problemas do transporte de carga no Brasil incluem a defasagem do frete, que não acompanha os custos operacionais, e o alto preço do combustível, que impacta diretamente os lucros das transportadoras. 

Além disso, questões de segurança nas estradas, como o roubo de cargas, e a infraestrutura precária, com rodovias mal conservadas, aumentam o risco de acidentes e atrasam as entregas, o que prejudica a eficiência logística.

Para enfrentar os desafios e diminuir a burocracia no transporte de cargas, é fundamental adotar soluções tecnológicas que otimizem os processos e garantam maior eficiência. Ao automatizar tarefas e simplificar a gestão documental, sua transportadora pode não só economizar tempo e recursos, como também evitar problemas fiscais e operacionais. 

A modernização do setor é o caminho para superar obstáculos como a defasagem do frete, o alto custo de combustível, a segurança e a infraestrutura precária.

Investir em tecnologia permite também um acompanhamento mais preciso das operações, o que aumenta o controle sobre prazos e custos e facilita a tomada de decisões estratégicas que impulsionam a competitividade. Se você quer levar sua transportadora ao próximo nível, conheça a Emiteaí. Baixe agora o Guia de Transportadoras e descubra o passo a passo para montar e administrar uma transportadora de sucesso.

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